Gleisi: aborto pode custar a Presidência para Dilma


Hedeson Alves/Gazeta do Povo / Gleisi: aborto pode custar Presidência a Dilma.Gleisi: aborto pode custar Presidência a Dilma.A senadora eleita Gleisi Hoffmann, do PT paranaense, é citada na matéria que dá a manchete da Folha de São Paulo de hoje. O assunto é a legalização do aborto. De acordo com a Folha, o PT pretende revisar sua posição em favor de descriminalização.
A declaração de Gleisi diz que algumas alas do PT podem até defender a legalização do aborto. Mas pode "custar a Presidência da República" para Dilma.
Essa é, realmente, a primeira vez que a questão do aborto parece estar bombando em uma disputa presidencial. Uma declaração de Dilma à revista Marie Claire e outra na sabatina da Folha mostram que a candidata do PT defendia abertamente, antes da campanha, a descriminalização do aborto.
Agora, Dilma diz ser pessoalmente contra e prometeu a cristãos e evangélicos não tomar nenhuma iniciativa pela legalização. Deixaria o assunto a cargo do Congresso.
Só para se ter uma ideia de quanto o assunto pesa. Só o posicionamento do Pastor Piragine, da Primeira Igreja Batista de Curitiba, pedindo para os fiéis não votarem no PT em função desse ponto, já chegou a 2,8 milhões de visitas.
Outro petista paranaense é ouvido na matéria. O deputado federal reeleito André Vargas, que é secretário de Comunicação do partido, afirma que foi um erro o PT se deixar levar por feministas que pediam a descriminalização do aborto.
"Agora é hora de envolver mais dirigentes na campanha. Foi um erro ser pautado internamente por algumas feministas. Eu e outros fomos contra", disse o deputado.
Fato é que o PT por mais de uma vez tomou posições a favor da descriminalização. Se agora decidisse rever a postura por questão de consciência, seria mais nobre.
Não dá para dizer, porém, que a revisão de postua por motivos eleitorais seja espúria. Assim funciona a política. Se o povo exige dos homens públicos uma posição, faz pressão e convence, é justo que haja mudançade posicionamento.
De qualquer jeito, por incrível que pareça, a questão se tornou realmente importante no debate presidencial brasileiro. Nunca havia imaginado isso. Parece que o PT também não.
Fonte: Gazeta do Povo 05/10/2010 
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